Cada brasileiro utiliza, em média, dois dispositivos digitais em seu dia a dia: smartphones, computadores, tablets ou notebooks. O dado divulgado pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) revela o quanto as pessoas “dependem” da tecnologia em relacionamentos profissionais e pessoais.
Com a média de três celulares vendidos no país para cada aparelho de TV, o tempo que os usuários passam online é superior à média mundial. De acordo com o “Relatório Digital 2024: 5 billion social media users”, publicado em parceria entre We Are Social e Meltwater, o Brasil é o segundo país do ranking, com média de 9h13 de conexão diária, atrás apenas da África do Sul com 9h24.
Desse total, o tempo médio gasto com redes sociais chega a 3h37 diariamente. Em relação à idade, 93,7% dos adolescentes entre 14 e 19 anos utilizam a internet. O percentual sobe para 95,9% na faixa dos 20 aos 24 anos, chegando a 96,3% no grupo entre 25 e 29 anos.
O índice se mantém superior a 93% na faixa entre 30 e 59 anos, quando começa a reduzir para 88% (no grupo entre 50 e 59 anos) e 66% a partir dos 60 anos. Graduada em Sistemas de Informação, Talita Caroline Oliveira Schmitt diz que um “engajamento” dessa proporção traz reflexos não apenas aos padrões de consumo de mídia e comportamentos sociais, mas também à saúde mental e às conexões pessoais.
“Essa é uma reflexão fundamental na era digital, pois, embora a internet tenha uma importância incontestável na vida das pessoas e ofereça inúmeras vantagens, o relacionamento dos brasileiros com as redes sociais já pode ser considerado abusivo”, avalia a professora do curso técnico em Informática da Escola Técnica Tupy, que integra o ecossistema UniSociesc.
Segundo ela, para deixar de ser refém do celular e das redes sociais é essencial reconhecer o problema. No entanto, dominar a “compulsão” e equilibrar o uso de dispositivos eletrônicos com outras demandas da vida presencial nem sempre é fácil. Para ajudar nesse processo, a professora da ETT dá algumas dicas.
1. Identifique o problema
Reconheça quando o uso do celular e das redes sociais está se tornando excessivo ou prejudicial. Em geral, os sinais são sentimentos de ansiedade, necessidade constante de checar notificações ou sensação de que a vida gira em torno dessas plataformas.
2. Estabeleça limites
Defina horários específicos para usar o celular e as redes sociais. Por exemplo: limite o uso a uma ou duas horas por dia e evite o acesso às telas antes de dormir. Desative notificações de aplicativos que não são essenciais. Isso ajuda a reduzir a tentação de checar o celular constantemente.
3. Mantenha foco em atividades offline
Dedique tempo a atividades que não envolvem tecnologia, como ler, praticar esportes, cozinhar ou passar tempo com amigos e familiares. Técnicas de mindfulness, como meditação e ioga, ajudam a promover um estado mental mais calmo, o que aumenta a consciência sobre o uso do celular.
4. Reavalie relações online
Limite contatos tóxicos fazendo uma limpeza nas redes sociais. Remova ou silencie pessoas que trazem negatividade ou que alimentam o ciclo de abuso. Siga conteúdos positivos, como perfis que promovem bem-estar, empoderamento e qualidade de vida.
5. Busque apoio
Compartilhe suas preocupações com amigos ou familiares que possam oferecer apoio emocional. Se for o caso, considere terapia. Um profissional pode ajudar a lidar com os efeitos do uso abusivo das redes sociais e a desenvolver estratégias para recuperar a autonomia.
6. Educação e conscientização
Aprenda a diferenciar os sinais de relacionamentos saudáveis e abusivos. Ter clareza sobre os limites facilita a tomada de decisão, melhora a qualidade das interações online e reduz a necessidade de se manter conectado.
7. Desconecte-se periodicamente
Faça um detox digital, reservando um dia ou um fim de semana para se desligar completamente das redes sociais e do celular. Use esse tempo para fortalecer conexões presenciais e oxigenar a mente.
8. Estabeleça novas rotinas
Crie hábitos novos. Comece substituindo o tempo gasto desnecessariamente nas redes sociais por atividades que promovam bem-estar, como exercícios físicos, leitura ou encontros com amigos.
SOBRE A ETT
Fundada em 1959, a Escola Técnica Tupy se dedica a formar e a transformar pessoas, desenvolver talentos e competências, preparar profissionais para as inovações do mercado e potencializar carreiras.
Instalada em Joinville (SC), faz parte da UniSociesc – instituição de ensino superior que integra a Ânima Educação, um dos maiores ecossistemas educacionais do país – e oferece aos alunos a infraestrutura do melhor centro universitário do Brasil.
Com certificações reconhecidas pelo mercado de trabalho, a ETT mantém parcerias com empresas locais para aumentar as oportunidades de estágio. No portfólio de cursos, oferta opções em diferentes áreas do conhecimento.
Considerada uma referência no ensino técnico nacional, a Escola Técnica Tupy tem estrutura moderna e bem equipada para práticas laboratoriais, ambientes maker inovadores e processos educacionais que unem teoria e prática, estimulando o exercício da liderança e o desenvolvimento de habilidades técnicas e de soft skills necessárias ao excelente desempenho profissional.