contato@opynewsjoinville.com.br

Ampliação no acervo do Instituto Festival de Dança de Joinville contribui para a preservação da memória cultural dos anos 80 e 90

2022_10_11_acervo (2)

O Instituto Festival de Dança de Joinville deu mais um passo ao encontro do objetivo de promover o fomento da cultura e preservação de sua memória. A instituição realizou a aquisição do acervo de vídeo das apresentações do Festival de Dança de Joinville de 1986 a 1991 e de 1993 a 1997. São 174 DVDs, que foram convertidos a partir da mídias originais na quais estavam gravados.

“A integração deste material ao acervo do Festival é uma importante ação que se soma aos esforços que temos feitos em prol do aprimoramento do acervo. Primeiramente, estamos trabalhando na digitalização para disponibilizar virtualmente para a consulta via FestivalCloud. Em um segundo momento, o acesso em meio físico poderá ser feito no Saltare Centro de Dança, local onde já há uma sala específica para promover o acesso ao acervo. Além disso, vamos manter esse conteúdo em backup e em nosso servidor. Tudo estará salvo em quatro locais para assegurar a preservação”, explica Victor Aronis, coordenador do Instituto.

As memórias de quem viu ao vivo

O jornalista, crítico de dança e produtor Ivan Grandi integrou a equipe de profissionais que esteve à frente das gravações, sob a condução de Geraldo Grandi. “Nossa produtora, a GG video, documentou grande parte da produção cultural da arte dança no Brasil nas últimas décadas. Tivemos a honra de conhecer o que até então era o melhor da dança nacional e internacional, e Joinville não podia ser diferente, como vitrine da dança e formadora de talentos que é”, relembra. “Joinville é muito especial. Por meio do Festival, conheci centenas de grandes artistas e, boa parte deles, hoje são meus amigos. Também sou feliz por hoje ser o maior festival de dança do mundo e a cidade ser a Capital Nacional da Dança, tenho certeza de ter contribuído para isso”, acrescenta.

De acordo com Ivan, o acervo recém-adquirido pelo Instituto contém mais de 2 mil horas de imagens, captadas em super VHS, U-Matic e em Beta-Cam. “O acervo é de grande valia, muito precioso. Contém imagens históricas e muitas inéditas do público, como entrevistas, trechos de aulas e apresentações em hospitais e fábricas que nunca foram divulgadas. São tantos momentos incríveis que documentamos, como o nascimento de estrelas, a exemplo de Marcelo Gomes. O material é de uma preciosidade ímpar”, afirma.

O Saltare Centro de Dança

O Saltare Centro de Dança funciona na edificação que anteriormente abrigava a Escola de Educação Básica Germano Timm e é tombada como patrimônio histórico. Ficou sem uso por 12 anos, até que, em 2017, o Instituto procurou o Governo do Estado de Santa Catarina e solicitou permissão para restauro e utilização do local.

A estrutura abriga parte da estrutura administrativa do Instituto; cafeteria; loja com produtos do Festival; seis salas de dança; e sedia projetos sociais, mostras e exposições. Escolas joinvilenses que são referência, como a Germana Saraiva e Kulture Kaos, passaram pelo Saltare. Desde a abertura, o centro atua como incubadora para professores que estão no início de carreira. Caso conquistem adesões de alunos, durante três anos, têm direito a usar as instalações e receber apoio administrativo e orientação para crescerem e criarem uma sede própria externa.

A estrutura do Saltare também está disponível pelo Codancing, que desde 2019 permite a locação de salas. Outro diferencial do Saltare é o acervo, acessível ao público em geral, onde é possível pesquisar livros, ver os cartazes de todas as edições e saber mais sobre as edições anteriores do Festival. A estrutura está disponível, também, para que a comunidade realize reuniões.