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Bailarinos do Bolsa Talentos do Festival deixam Joinville após um ano de muito trabalho e aprendizado

Os bailarinos Fabricio Cestari Miranda da Silva e Leticia Cola Gomes, que se destacaram no Festival de Dança de Joinville em 2023, foram contemplados pelo Bolsa Talentos do Festival e passaram um ano atuando profissionalmente pela Cia Jovem do Bolshoi, deixam Joinville neste dia 19 de dezembro de 2024.
Bailarinos do Bolsa Talentos do Festival deixam Joinville após um ano de muito trabalho e aprendizado

Os bailarinos Fabricio Cestari Miranda da Silva e Leticia Cola Gomes, que se destacaram no Festival de Dança de Joinville em 2023, foram contemplados pelo Bolsa Talentos do Festival e passaram um ano atuando profissionalmente pela Cia Jovem do Bolshoi, deixam Joinville neste dia 19 de dezembro de 2024. Segundo eles, levando muita saudade e boas memórias desta que foi apenas a primeira experiência profissional remunerada como bailarinos, proporcionada pelo Instituto Festival de Dança de Joinville.

“Novas possibilidades, novas portas se abriram para a gente. Existem algumas propostas surgindo, que ainda não podemos antecipar, mas pretendemos continuar nessa carreira profissional”, diz Fabricio Cestari.. “Estamos preparados para novos voos, quem sabe até possibilidades internacionais”, complementa Letícia Cola.

Mas, para eles, o mais importante foi a evolução alcançada nesse período. “Em todos os âmbitos, tanto na parte artística, técnica, e também como pessoas, nós evoluímos muito. O bailarino Fabrício que chegou em janeiro não é o mesmo que está saindo”, afirma, destacando a importância dos professores e ensaiadores da Cia Jovem do Bolshoi.

Quanto aos pontos altos desse período de aprendizado, eles destacaram as viagens, as turnês com a Cia Jovem do Bolshoi pelo Brasil. “Sem dúvida, essa experiência de palco que adquirimos foi muito importante, e eu adoro viajar, então, uniu o útil ao agradável”, enfatizou Letícia.

Durante todo o período, Fabricio que é de São Paulo, e Letícia, que é do Rio de Janeiro, conviveram com a falta da família. Mas dizem que agora terão que conviver com a saudade da cidade de Joinville, que tão bem os acolheu, e de todos os integrantes da Cia. Jovem do Bolshoi. “O que importa é que levamos na bagagem lembranças muito boas de tudo que vivemos graças ao Bolsa Talentos do Festival”, ressalta Letícia.

 

Sobre Fabricio Cestari

Fabricio Cestari começou muito cedo nos palcos: com apenas nove anos. O interesse surgiu porque a irmã já dançava e ele acompanhava os ensaios. O bailarino paulistano iniciou seus estudos de Ballet Clássico e Jazz na Academia São José, em São Paulo, e, depois, conheceu o Raça Centro de Artes.

Em 2022, Fabricio participou pela primeira vez do Festival de Dança. “Dancei pelo Raça com um trabalho de Duo de Jazz e com dois conjuntos, de Jazz e Contemporâneo. Foi incrível. É uma delícia estar naquele palco”. Em 2023, retornou ao festival de emoções e ganhou, também pelo Raça, o primeiro lugar da categoria Jazz Solo Masculino Sênior da Mostra Competitiva com a coreografia “Preencha-me o Vazio que Ficou”.

A performance do solista chamou a atenção dos professores da Escola Bolshoi e, na Noite dos Campeões, a notícia da seleção para a Bolsa Talentos do Festival chegou ao conhecimento do contemplado. “Depois que dancei, o diretor da Escola Bolshoi me chamou e ao meu coreógrafo para conversarmos. A gente estava lá na coxia, foi bem especial. Fiquei super feliz e me emocionei. É como se tudo que fiz até agora, todo o esforço e dedicação, valessem a pena. Foi um sentimento de gratidão”, conta. “Essa bolsa nos incentiva a continuar, a buscar a profissionalização”, acrescenta.

 

Sobre Leticia Cola

Leticia Cola começou a fazer ballet ainda mais cedo: aos quatro anos, na Lenira Borges Ballet Studio, em Vitória (ES), e, aos oito anos, na Petite Danse, no Rio de Janeiro (RJ). Seu interesse em seguir carreira surgiu aos 12 anos, quando Nelma Darzi, a fundadora e diretora da Petite Danse, a convidou para fazer parte da companhia da escola. “A partir daí, comecei a fazer aulas diariamente e evoluir minha técnica”, explica. Em 2019, aos 14 anos, participou pela primeira vez do Festival de Dança de Joinville, com 15 apresentações nos Palcos Abertos.

Em 2022, a dançarina retornou ao festival de emoções como demi-solista em um grupo sênior, quando a Petite Danse conquistou o segundo lugar. Em 2023, a jovem levou o primeiro lugar com o solo Neoclássico “Metanoia”, no Festival da Sapatilha; e fez parte da conquista da companhia carioca do primeiro lugar na categoria Balé Clássico de Repertório – Conjunto – Sênior da Mostra Competitiva, com a coreografia “Grand Pas de Fleurs”. Mas o grande momento mesmo ocorreu durante os preparativos para a Noite dos Campeões.

“Eu estava prestes a ir para o ensaio de palco com o grupo, aí o coordenador, o Luiz Henrique, me chamou e contou! Ter o trabalho reconhecido por pessoas tão significantes me deixou muito feliz e animada. Celebrei de uma forma especial, dançando mais uma vez no palcão, que é sempre muito especial e memorável”, conta.

“O Festival é muito importante, pois é uma experiência única e incrível. Proporciona oportunidades de dançar para uma enorme plateia, com uma energia inexplicável, que só tem em Joinville. Possibilita conhecer diversos dançarinos talentosos de todo o país, dá oportunidades de reconhecimento, networking, feedback e desenvolvimento pessoal também. O evento tem um papel muito importante de crescimento dos dançarinos em direção a uma carreira profissional”, acrescenta.

 

Sobre o Festival de Dança de Joinville

O Festival de Dança de Joinville, que completou 41 anos em 2024, é o Maior Festival de Dança do Mundo, reconhecido desde 2002 pelo Guinness World Records, e tornou Joinville um dos principais destinos turísticos e culturais de Santa Catarina em julho. É o maior intercâmbio de dança, e atrai bailarinos do Brasil e do mundo para uma verdadeira imersão que vai para além da Mostra Competitiva, com diversas opções de capacitações.

A última edição, realizada neste ano, mais uma vez bateu recordes. É importante ressaltar que o Festival de Dança de Joinville é realizado em julho, mas atividades são realizadas durante o ano inteiro, levando a dança para o Brasil e o mundo através do Instituto Festival de Dança de Joinville. Destaca-se também a atuação da instituição em atividades ligadas à educação e assistência social, com destaque para gestão junto ao Programa Dança na Escola, atendendo 2.000 estudantes na rede pública de ensino de Joinville e iniciativas de formação e profissionalização de bailarinos como o Bolsa Talentos do Festival, bem como a gestão frente ao Saltare Centro de Danças, um espaço para reunir a história do Festival, capacitar profissionais e alunos, ensaios de grupos, projetos sociais, mostras e exposições, entre outras iniciativas. Com recursos próprios e de parceiros, o antigo prédio da Escola Estadual Germano Timm, imóvel tombado e desativado há 13 anos, foi revitalizado e devolvido à sociedade catarinense.

 

Sobre a Escola Bolshoi e Cia. Jovem

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é a única filial do Teatro Bolshoi no mundo e pela primeira vez, o Teatro transfere a outro país o método de ensino de balé que o tornou uma das mais respeitadas instituições do mundo. Prestes a completar 24 anos no Brasil, a Escola concede bolsas de estudo de 100% para cerca de 250 alunos do curso técnico. A instituição busca a melhor formação, e garante o acesso de crianças ao mundo da cultura, ampliando seus horizontes. A sua missão é formar artistas-cidadãos, promovendo e difundindo a arte-educação.

A Cia. Jovem Bolshoi Brasil é o desdobramento da instituição, composta por 18 bailarinos, que têm a oportunidade de adquirir experiência profissional nos mais diversos espetáculos.  Com mais de 15 anos de formação a companhia consolida os talentos desenvolvidos na Escola Bolshoi no mercado de trabalho artístico nacional e internacional.

O padrão de excelência, que os bailarinos trazem de sua formação, faz com que sejam reconhecidos em todos os seus trabalhos. A proposta da Companhia Jovem é manter-se ativa em apresentações públicas constantes; seus artistas devem atuar como agentes formadores de plateia e incentivadores de novas vocações.

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