O Grupo Cena 11 está de volta à Jaraguá do Sul com um novo projeto para marcar as três décadas de atuação, o espetáculo “Eu não sou só eu em mim – Estado de Natureza: Procedimento 01”. Será nesta segunda-feira, às 20h, no Grande Teatro SCAR, e com entrada gratuita.
No sábado (13/04), o Cena 11 estará em Joinville para a apresentação no Teatro da AJOTE, também às 20h. Os ingressos para os dois espetáculos já estão disponíveis na plataforma Sympla (links ao final deste texto). A classificação etária é de 16 anos.
Este também será um oportuno e esperado reencontro entre o Cena 11 e o público de Jaraguá do Sul. A última apresentação do grupo na cidade foi há cerca de 10 anos. Trata-se do mais recente e ousado trabalho desta que é considerada uma das mais importantes e disruptivas companhias de dança contemporânea do Brasil.
Além de Jaraguá, o Cena 11 circulará com “Eu não sou só eu em mim” por outras três cidades catarinenses: Itajaí (10/04), Joinville (13/04) e Blumenau (23/04). A estreia foi em Florianópolis no dia 4 de abril e contou com o público lotando o Teatro Ademir Rosa.
As apresentações de “Eu não sou só eu em mim” consistem no primeiro procedimento, de uma série de cinco, do projeto “Grupo Cena 11 – Estado de Natureza”, que será realizado por meio do Programa de Incentivo à Cultura (PIC) do Governo do Estado e aprovado pela Fundação Catarinense de Cultura. “Estado da Natureza” conta com o incentivo da Celesc e apoio do Jurerê Sports Center.
O espetáculo propõe um contraponto anarco coreográfico sobre o conceito de “povo brasileiro”, presente na obra do antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. Com concepção e direção de Alejandro Ahmed, a obra é o primeiro procedimento de aplicação teórico-prática do novo projeto do grupo, que utiliza dispositivos estruturados em inteligência artificial para construir um ecossistema coreográfico.
Em cena, 10 integrantes, entre bailarinos, bailarinas e bailarines, além de um pianista interagem com dispositivos tecnológicos e suas interfaces autônomas dando vazão, segundo Alejandro Ahmed, a “uma dança proposta como um ecossistema algorítmico”. Um ambiente que retroalimenta a dança, a palavra, o som e imagens, onde “o artificial é a de ordem natural”.
Neste contexto, a dança, a tecnologia e a filosofia incorporam unicidade à ação do Cena 11 através de um espetáculo enérgico, diverso e altamente sensorial. O que é identidade e o que é cultura, especificamente em um país onde convivem pessoas de muitas culturas e origens diferentes? Com novas questões e movimentos, “Eu não sou só eu em mim” revela que a identidade brasileira é única em sua fluidez e constante mudança.
Como é próprio da sua natureza libertária em relação ao fazer artístico nestes 30 anos de atuação, o Cena 11 aplica neste novo trabalho a sua “anarco-coreografia” com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. “No corpo do Cena 11, dançar é um campo de conhecimento composto da articulação entre a força da gravidade e os músculos, ossos e emoções. ‘Eu não sou só eu em mim’ é verdade, todo mundo é feito das pessoas e experiências que encontrou em suas vidas”, explica o diretor do Cena 11.
Três décadas de luta e resistência pela arte no Brasil
O projeto “Estado de Natureza” contemplará uma série de procedimentos de investigação, pesquisa em artes da presença e ações de formação presenciais e virtuais nos próximos meses. Como resultado disso, o Cena 11 vislumbra a criação de uma nova peça coreográfica. E Santa Catarina é o estado natural da companhia, que surgiu em Florianópolis há exatos 30 anos (1993) e onde está sediada.
As apresentações de “Eu não sou só eu em mim” também marcam o reencontro do grupo com o público catarinense. A última ação do Cena em solo catarinense foi em 2022, quando da apresentação do trabalho “Matéria Escura” no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. “Estamos muito orgulhosos também por voltarmos com um projeto incentivado, agora por meio do PIC. Foram 12 anos sem este suporte e mesmo assim o Cena 11 seguiu produzindo, criando e resistindo na sua luta pela arte no Brasil”, destaca Ahmed.
Sobre o Grupo Cena 11
O Grupo Cena 11 desenvolve e compartilha ferramentas técnicas fundamentadas nas relações entre corpo, ambiente, sujeito e objeto como variáveis de um mesmo sistema vivo que existe enquanto dança. Dirigida pelo coreógrafo Alejandro Ahmed, a companhia surgiu e está radicada na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, e atua há 30 anos na produção artística de dança tendo se tornado referência nacional e internacional na área. Por quatro vezes (2014, 2012, 2007 e 1997), foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), assim como pelo Rumos Itaú Cultural, Prêmio Bravo, Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia, Transmídia Itaú Cultural e pela Bolsa Vitae. A trajetória de estudo do Cena 11 recebeu do Ministério da Cultura (MinC) e do governo federal em 2014 a Ordem do Mérito Cultural.
Sobre o procedimento (1) “Eu não sou só eu em mim”
O espetáculo propõe um contraponto anarco coreográfico sobre o conceito de “povo brasileiro”, presente na obra do antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. Para os corpos do Grupo Cena 11, dançar é um campo de conhecimento composto pela articulação entre a força da gravidade e os músculos, os ossos e as emoções. Uma dança proposta como um ecossistema algorítmico, modulando as relações entre alteridade, identidade, comportamento e linguagem, para a “transdução” [conceito utilizado pelo grupo no qual uma forma de energia se transforma em outra equivalente] em coreografia. Com concepção e direção de Alejandro Ahmed, a obra é o primeiro procedimento de aplicação teórico-prática do novo projeto do grupo, que utiliza dispositivos estruturados em inteligência artificial para construir um ecossistema coreográfico.
Serviço – Espetáculo “Eu não sou só eu em mim – Estado de Natureza – Procedimento 01”
Jaraguá do Sul: Dia 08 de abril, 20h, no Grande Teatro da Sociedade Cultural Artística (SCAR), R. Jorge Czerniewicz, Nº 160. Entrada gratuita com retirada de ingressos por meio da plataforma Sympla, a partir de 1º/04, às 10h.
Joinville: Dia 13/04, 20h, Teatro da AJOTE: Rua XV de Novembro, N º 1383, Bairro América. Entrada gratuita com retirada de ingressos por meio da plataforma Sympla, a partir do dia 06/04, 10h.
Classificação: 16 anos
*O espetáculo contém sequência com flashes de luz que podem afetar espectadores fotossensíveis.
*A trilha sonora tem volume acima da média e pode impactar na audição de pessoas com sensibilidade auditiva.
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