Multinacional brasileira do ramo de metalurgia referência em produção de componentes estruturais para bens de capital, a Tupy é referência em inovação tecnológica, há quase 85 anos. Para isso, além do time de P&D, a Companhia conta com duas frentes – Tupy Tech e Tupy Up. Por trás da liderança de algumas das iniciativas mais estratégicas desenvolvidas pelas duas áreas, estão 115 mulheres de formações e especialidades diversas.
Luciana Assis Gobo, de 32 anos, é uma dessas profissionais. Com formação em Química Industrial, ela é responsável por um projeto bastante estratégico da empresa: o processo de reciclagem de células de baterias automotivas de íon-lítio. Em parceria com a Universidade de São Paulo e a Embrapii, Luciana faz parte de um grupo de 20 pesquisadores que analisa a aplicação da hidrometalurgia para a reciclagem das baterias, técnica que se baseia na dissolução das baterias. Trata-se de um processo mais sustentável, já que é menos intensivo em emissão de CO2, e ainda, é capaz de regenerar todos os minerais, inclusive o lítio, um dos mais difíceis de ser recuperado nos processos empregados atualmente. Atuando como bolsista no começo desse projeto, a doutora em Química Analítica, Luciana Gobo, foi contratada pela Tupy em 2021.
“Estar à frente de um trabalho dessa magnitude é bastante desafiador, mas, ao mesmo tempo, representa a valorização do conhecimento que adquiri na minha jornada”, ressalta. A doutora conta, ainda, que toda a tecnologia empregada neste projeto é nacional, pioneiro no Brasil e na América Latina. “Espero ver, em breve, outras mulheres cientistas ocupando os lugares de liderança e tendo oportunidades como essa”, finaliza.
Luciana conta que sua inspiração surgiu depois que conheceu a trajetória de Marie Curie, responsável por muitas descobertas importantes na área da radiação. A cientista foi a primeira pessoa a ganhar o prêmio Nobel duas vezes, e em áreas diferentes. “Sempre que posso digo para as meninas buscarem uma referência, acreditarem no seu potencial, estudarem e gostarem muito do que querem fazer, porque todo mundo é capaz de chegar aonde quiser”, aconselha.
Inovação Aberta
Outro exemplo é a engenheira Karollyne Correia, de 37 anos, que é uma das líderes da Tupy Up, área de Inovação e Desenvolvimento de Novos Negócios da Tupy. Ela contribui para a tomada de decisão sobre as startups que fazem parte da aceleradora da Companhia, a ShiftT. Também concorda com a importância das referências femininas e acredita que é preciso promover a participação cada vez mais igualitária, gerando incentivos às cientistas, garantindo mais visibilidade. “Na carreira que eu escolhi é raro termos uma referência feminina e eu lembro que tive uma professora de graduação que me inspirou e por isso, decidi que seguiria sua referência. Para isso, sempre busquei me capacitar e ter um posicionamento muito firme, para gerar valor por meio dos meus resultados e hoje tento incentivar outras mulheres e meninas a ocuparem espaços que tiverem interesse”, incentiva Karollyne.
Meninas na Tecnologia
Uma dessas oportunidades que Karollyne tem para apoiar meninas e mulheres a seguirem o caminho profissional na Ciência é o projeto “Meninas na Tecnologia”. Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com patrocínio da Tupy, a iniciativa vai além do estímulo às mulheres em ambientes de ciência. Ela também visa a impulsionar o desenvolvimento de ambientes de tecnologia nas escolas públicas e dissemina o aprendizado de programação e robótica entre as estudantes. Em 2022, participaram 340 estudantes e professoras de 28 escolas públicas de Joinville.
Ao lado de Luciana e de outras profissionais da área de tecnologia e inovação da Tupy, Karollyne acompanhou de perto todas as etapas do projeto, atuando como mentora. As vencedoras do “Meninas na Tecnologia” ainda foram contempladas com atividades de pesquisa na UFSC sob orientação dos professores nas áreas de tecnologia, com bolsas de iniciação científica do CNPq. Além disso, todas as estudantes foram beneficiadas com capacitação em lógica, programação e robótica educacional. “Ainda temos muitos desafios. Mas, quando a gente mostra para as outras mulheres que há caminhos, garantimos uma sociedade com mais diversidade e segurança, que são os elementos propícios para gerar inovação e colocar as mulheres onde elas quiserem ocupar”, afirma Karollyne.
Desafios para a sociedade
Ainda há muito o que ser feito para que homens e mulheres compartilhem o espaço científico com mais igualdade. Segundo dados da Unesco, elas ainda são a minoria. Em todo o mundo, menos de 30% dos pesquisadores são mulheres. Por outro lado, segundo o mesmo estudo, em torno deste mesmo percentual está o número de mulheres no mundo que busca carreiras nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
Um importante passo na promoção da igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente, na educação para as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, foi dado em 2015, quando o dia 11 de fevereiro foi estabelecido como sendo o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.
Sobre a TUPY
Multinacional brasileira que desenvolve e produz componentes estruturais em ferro fundido de alta complexidade geométrica e metalúrgica. Essas soluções de engenharia são aplicadas nos setores de transporte, infraestrutura, agronegócio, reposição e geração de energia e contribuem para a qualidade de vida das pessoas, promovendo acesso à saúde, saneamento básico, água potável, produção e distribuição de alimentos e comércio global. Sua produção está concentrada nas fábricas brasileiras, em Betim/MG, Joinville/SC e São Paulo/SP e, no exterior, nas cidades de Aveiro, em Portugal, e em Saltillo e Ramos Arizpe, no México. Além disso, possui escritórios comerciais no Brasil, Alemanha, Holanda, Itália e EUA. www.tupy.com.br