Matheus Eduardo Kogler, 26 anos, é filho do Max Adriano Kogler, fundador da Tintomax, varejista de tintas imobiliárias de Santa Catarina. Sendo uma empresa familiar, com 22 anos de atuação e 16 operações no norte do Estado, eles têm pela frente um importante desafio: organizar o processo de sucessão para garantir a perenidade da empresa. O executivo participou do 2º Projeto Sucessores, que reuniu mais de 90 empresários de diferentes gerações de fundadores e sucessores, em Porto Alegre/RS. O evento foi organizado pela Atlas, indústria gaúcha referência em soluções de pintura, construção e casa, com 27 mil clientes em todo o Brasil e exterior.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das organizações têm gestão familiar, entretanto, apenas 8% ou 9% delas permanecem em atividade após a terceira geração assumir. Considerando que o mercado de Matcon no Brasil movimentou mais de R$ 200 bilhões em 2022, este é um dado que preocupa a Atlas, que integra a holding InBetta.
“Em 57 anos de história, a Atlas vem desenvolvendo uma relação forte de parceria tanto com os fundadores quanto com as novas gerações de clientes. E, por sermos também uma empresa familiar, entendemos a importância de preparar os futuros líderes para garantir a continuidade dos negócios. Sabemos que quem não planeja bem as próximas gestões, acaba fechando as portas. Por isso, estamos promovendo a 2ª edição do Projeto Sucessores, evento criado para auxiliar as companhias a refletirem sobre o assunto”, comenta Eduardo Bettanin, CEO das Empresas InBetta.
Assim, o Projeto Sucessores, da Atlas, reuniu empresários do país para discutir mais sobre sucessão familiar. Durante a quarta-feira (24/5), no Hotel Deville, em Porto Alegre, foram realizados debates e compartilhamento de experiências entre as gerações. Foi um momento de imersão em temas relevantes como Gestão da Sucessão, Governança Patrimonial, Fusões e Aquisições e Desafios do Varejo.
Para Matheus, o Projeto Sucessores promovido pela Atlas é uma oportunidade única para adquirir mais conhecimento sobre o tema e principalmente, aprender com os exemplos dos palestrantes. Para ele, o network com outros players também é sempre muito valioso. “Comecei na empresa bem cedo, passando por vários setores e conhecendo todas as áreas da empresa sabendo que um dia, no futuro, poderei assumir a gestão. Meu pai é ainda bastante novo, tem muitos anos à frente da Tintomax, mas ele já tem a preocupação em preparar a sucessão das próximas gerações,” comenta o diretor.
Os participantes também tiveram uma ótima oportunidade para fortalecer o network com empresas nacionais do segmento, grandes indústrias, importadores e distribuidores de materiais de construção da América Latina. Além dos debates em Porto Alegre, o Projeto Sucessores incluiu ainda uma visita à fábrica da Atlas em Esteio (RS), um curso de vinhos com o renomado sommelier Maurício Roloff, no SPA do Vinho, em Bento Gonçalves(RS)e um almoço de encerramento em um restaurante típico italiano em Garibaldi(RS).
SOBRE A ATLAS
Desde o início de suas atividades, em 1966, a Atlas é referência em ferramentas para pintura, construção e casa. Com sede em Esteio, a empresa que faz parte da holding InBetta vem diversificando as linhas de produtos. Fabricação de assentos sanitários e máquinas elétricas (Linha Powertech) são algumas das inovações que entraram nas esteiras de produção no ano passado. Em números, a empresa tem mais de 1,3 mil itens em seu portfólio, sendo o carro-chefe das vendas o Rolo AntiGota (AT321/10), com mais de 3 milhões de peças vendidas/ano. A manufatura deve gerar um crescimento na ordem de 6% neste ano. Apesar de se manter positivo, o índice está bem abaixo da média de 19% dos anos 2020 e 2021, em razão das incertezas econômicas no Brasil e no mundo.
Com unidades fabris em Esteio/RS e Paulista/PE, e centros de distribuição (RS, SP e PE), a Atlas conta com 480 colaboradores. O Grupo InBetta detém nove marcas nos segmentos de Higiene e Limpeza, Organização, Conservação, Acabamento e Linha Profissional, com uma produção de cerca de 50 milhões de unidades ao mês, comercializadas em todo o Brasil e exportadas. Os embarques representam cerca de 10% do faturamento da Atlas e da também da holding InBetta e têm como destino mais de 50 países da América do Sul e América Central, América do Norte, Europa e África.