A Rede FaberUp, da FIESC (Federação das Indústrias de Santa Catarina), reuniu na última quarta-feira, 24 de agosto, cerca de 200 participantes no evento que celebrou os dois anos de conexões. O 4º FaberUp Conexões, com o tema “Boas Práticas de Inovação: Conexões que Geram Transformações”, foi realizado de forma híbrida, com cerca de 70% de público presencial, no ambiente do Hub de Manufatura Avançada do Instituto da Indústria, em Joinville, e os demais envolvidos conectados via transmissão síncrona digital.
“A inovação sempre teve um papel crucial na indústria. A rede de inovação FaberUp FIESC veio para somar, pois tem contribuído significativamente para conectar as empresas catarinenses e incentivar a troca de boas práticas. Somente juntos vamos enfrentar os desafios e abraçar as oportunidades que o novo cenário mundial nos traz”, afirma Evair Oenning, vice-presidente da FIESC para a região Norte Nordeste. “A tecnologia acelerou as nossas conexões, que antes eram só presenciais. A Rede FaberUp, por exemplo, já está com 228 empresas”, acrescenta Eliza Coral, gerente executiva do IEL/SC (Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina).
A programação teve início pela manhã com o compartilhamento de cases, momento que contou com a mediação de José Eduardo Azevedo Fiates, diretor de Inovação & Competitividade da FIESC: “Este conceito de rede, de conexões e de sinergia nasce, na verdade, da natureza. As plantas só conseguem ter a capacidade de processar com fotossíntese e resistir aos ventos pois têm um emaranhado de elementos que dão resistência, flexibilidade e força. A primeira rede que aconteceu de fato na história do ser humano, quando ele passou a ser chamado de ser humano, foi quando aprendeu a cooperar para atingir os seus objetivos. Essas redes de relacionamento é que dão força e ampliam a capacidade de realizar. Esta foi a nossa intenção quando criamos a rede FaberUp”.
Cada um dos participantes apresentou as experiências de sucesso de suas empresas. Leopoldo Erthal, gerente da área de Sustentabilidade Ambiental do BMW Group, falou sobre os avanços na tecnologia para o carregamento de baterias para os veículos. Eziel Maciel, diretor Executivo da Vedamotors, detalhou as estratégias de gestão para o desenvolvimento das equipes. De Hong Jung, gerente de Inovação Tecnológica da Nestlé, abordou a importância de pesquisas e projetos focados em robótica, 5G e Inteligência Artificial do Centro de Inovação e Tecnologia para o crescimento da companhia.
Na sequência da programação matutina, os sócios-diretores da Newagent conduziram a palestra “Conselho e Governança para Inovação”, com mediação de Marco Goetten, gerente executivo SESI, SENAI e IEL Regional Norte Nordeste. Waldemar Roberti e Wandair Garcia ressaltaram a necessidade de reinventar-se constantemente para promover a perenidade dos negócios.
Os aprendizados da tarde tiveram início com as colocações de Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC: “A nossa indústria tem uma importância fundamental para o desenvolvimento econômico de Santa Catarina. É uma indústria diversificada, mas que precisa e deve ser inovada diariamente para se tornar ainda mais competitiva. Queremos incrementar a relevância nacional e as relações comerciais com o mercado internacional do nosso estado. Neste momento em que o mundo está se desglobalizando há uma grande oportunidade para incrementarmos essas relações”.
No primeiro painel vespertino, “Como as Oportunidades das Empresas Transformam nossas Vidas (Cases)”, Graziela Branco, gerente executiva SESI SENAI IEL Regional Sul e Litoral Sul, compartilhou com o público presente informações sobre a sua trajetória profissional e elencou motivações para a contratação de estagiários: “Impulsionamento para mudanças culturais; velocidade da transformação digital; aumento da diversidade; maior criatividade, inovação e eficiência; otimização de custos; uma grande oportunidade para testar talentos; e conectividade com o mercado mais jovem”.
Fabiana Seidel, pesquisadora da WEG; e Manuela Wiesbauer, sócio-administradora da Meio Biótico Serviços Ambientais, compartilharam impressões sobre a importância dos programas de estágio para o desenvolvimento profissional que construíram. A mediação foi de Gabriela Mager, pró-reitora da Udesc.
Já o painel “Desafios das Indústrias em Encontrar Profissionais e como as Universidades Vêm Preparando os seus talentos” teve a mediação de Bárbara Yadira Mellado Pérez, pró-reitora de Ensino e Extensão do Centro Universitário SENAI Blumenau e Gerente do Campus SENAI Blumenau: “Em 2020, a pandemia colocou o ambiente acadêmico em um momento ímpar de revisar modelos de ensino, currículo, tipos de professores, que alunos queremos e o que a sociedade esperar dos futuros profissionais”.
Os participantes Emerson Zappone, vice-presidente de Operações da Nidec; Mauri L. Heerdt, reitor da Unisul e diretor de Relacionamento Institucional da Ânima/SUL; Moacir A. Marafon, sócio fundador e presidente do Conselho Softplan e vice-presidente de Talentos da Acate (Associação Catarinense de Tecnologia); e Claudio Jacoski, reitor da Unochapecó, debateram pontos que precisam avançar para aprimorar a capacitação e integração nas jornadas dos novos profissionais.
O terceiro e último painel, “Os Jovens Talentos que Ajudam as Organizações a Inovarem”, contou com a mediação de Fiates e as apresentações de Paulo Sergio dos Santos, diretor de Tecnologia da Informação, da WEG; João Ozório, fundador e CEO da YAK Tractors; e Luís Gonzaga Trabasso, pesquisador chefe do Instituto SENAI, que falou sobre aspectos relevantes para potencializar a atenção e engajamento entre as equipes: “Tratar de casos reais aumenta, e muito, o interesse dos alunos no conteúdo; exercitar a responsabilidade; e ter mentores dando assistência e apoio”. O 4º FaberUp encerrou-se com o cântico coletivo de “Parabéns” do público presente.