Com a proximidade do Dia Mundial e Estadual da Osteoporose, celebrado nesta quinta-feira, 20 de outubro, a geriatra Isabela Cruz, do Hapvida NotreDame Intermédica, ressalta a importância de prevenir a doença e afirma que ela é subestimada. Conforme a especialista, uma fratura de quadril gera dores crônicas, menor mobilidade, tempo de internação prolongado, gastos com cirurgia e afastamento das atividades regulares.
“A pessoa com osteoporose que sofre uma fratura tem um grande prejuízo individual, social e econômico. Todos deveriam estar preocupados com a prevenção. Fraturas de quadril possuem taxa de mortalidade de 12 a 20% nos 2 anos subsequentes à fratura, sendo mais alto que alguns tipos de câncer”, afirma.
Na avaliação da médica, a osteoporose é a principal causa de fraturas na população acima dos 50 anos e o índice é maior em mulheres. Conforme a geriatra, naquelas que estão acima dos 45 anos, a osteoporose é responsável por mais dias de internação do que qualquer outra doença, como o infarto do miocárdio e câncer de mama.
“Estamos falando de um problema silencioso, fatal, deletério e que causa prejuízos que a gente não consegue mensurar mas, principalmente, na independência das pessoas com a dificuldade de mobilidade e de cumprimento das tarefas cotidianas”, pondera. “É preciso identificar se a perda óssea é primária, se a perda está associada à menopausa e ao envelhecimento ou se existem outras doenças específicas ou o uso de medicamentos que possam estar causando este efeito no tecido ósseo”, acrescenta.
O tratamento
• “Há medicações que podem ser usadas para osteoporoses menos graves e as mais potentes para as mais graves, que são aquelas que a densitometria tem alteração muito grande e que já ocorreu alguma fratura.”
• “O cálcio e a vitamina D são importantes no tratamento porque são aliados na melhora da qualidade do osso. O consumo ideal de cálcio é de 2 mil miligramas por dia, ou quatro porções de leite ou derivados diariamente. Como é difícil bater essa meta, a gente suplementa o cálcio em comprimido. O mesmo com a vitamina D.”
• “Além dos medicamentos que vão melhorar a qualidade dos ossos, o tratamento é feito a partir da mudança de alguns hábitos de vida, inclusive nutricional, com ingestão de leite e derivados, suplementação de cálcio e de vitamina D.”
• “A prática do exercício físico tem de ser encarada com muita seriedade porque promove a melhoria da qualidade e quantidade de massa magra, ou seja, de musculatura, fazendo com que nossos músculos estejam mais fortalecidos dando mais segurança para caminhar, fazer as atividades cotidianas e diminuir o risco de queda. A prática do exercício em si também aumenta a qualidade do nosso osso.”
• “Outra coisa a se fazer é avaliar dentro de casa se não tem muito tapetinho, obstáculos, coisas que podem fazer com que a pessoa caia.”
Fatores de risco
• Envelhecimento, pois causa uma perda de massa óssea naturalmente;
• Uso de corticoides sem indicação e acompanhamento médico;
• Ser paciente em tratamento contra alguns tipos de câncer, como o de mama e de próstata;
• Ter quadro de diabetes, doenças da tireoide e doenças gástricas;
• Estar abaixo do peso e com baixa massa muscular;
• Exposição insuficiente ao sol;
• Beber álcool em excesso;
• Tabagismo;
• Sedentarismo;
• Possuir histórico familiar de osteoporose e de fraturas.
Sobre o Grupo Hapvida NotreDame Intermédica
Resultante da fusão entre Hapvida e a NotreDame Intermédica, em 2022, formou-se o maior grupo de saúde e odontologia do Brasil. Os números superlativos do Grupo Hapvida NDI mostram o sucesso da operação que reúne cerca de 15 milhões de clientes, mais de 65 mil colaboradores, 7 mil leitos de atendimento hospitalar e 18% de participação de mercado em planos de saúde. Presente nas cinco regiões do País, a rede própria de atendimento conta com 85 hospitais, 77 Prontos Atendimentos, 318 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial. Dessa fusão, apoiada em inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.