O Santander Brasil obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa alta de 37,1% ante o trimestre imediatamente anterior e 41,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O resultado ficou acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam um ganho de R$ 2,842 bilhões.
O lucro societário do Santander ficou em R$ 2,936 bilhões entre janeiro e março, com alta de 38,6% na margem e 42,6% ante igual intervalo de 2023.
“Destacamos o bom desempenho em volumes, fundamentado por passivos, pela expansão do nosso plano de captações, além da retomada gradual da dinâmica de negócios, que impulsiona o crescimento do portfólio, beneficiando a margem com clientes e com perspectiva positiva para o ano”, diz em nota o presidente do banco, Mário Leão.
O terceiro maior banco privado do País em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 14,790 bilhões no primeiro trimestre, com alta de 7,3% no trimestre e 14,5% em 12 meses.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 6,043 bilhões, com queda de 11,6% no trimestre e 10,7% em 12 meses.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 4,886 bilhões, com queda de 2,4% no trimestre e alta de 12,8% em 12 meses. Já as despesas gerais totalizaram R$ 6,297 bilhões, com queda de 4,3% no trimestre e alta de 5,0% em 12 meses.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) – excluindo ágio – ficou em 14,1% no primeiro trimestre, ante 12,3% no quarto trimestre e 10,6% no primeiro trimestre do ano passado. O índice de Basileia ficou em 14,5%, de 14,5% e 13,8%, na mesma base de comparação.
O banco informou que atingiu 65,8 milhões de clientes em março, de 65,9 milhões em dezembro e 61,6 milhões um ano antes. Da base total, 31,1 milhões são clientes ativos, com queda de 5% no trimestre e 2% em um ano. Já 8,9 milhões são clientes vinculados (aqueles que consomem seis ou mais produtos), com queda de 2% no trimestre e expansão de 4% em um ano.
De acordo com o Santander, a rentabilidade dos clientes das safras novas é melhor que as antigas. Tomando o primeiro trimestre do ano passado como base 100, a safra 2023 atingiu 156% no primeiro trimestre deste ano; na mesma base de comparação, a safra 2022 subiu para 133%; e a safra 2021 caiu para 88%. No segmento Select, de alta renda, o Santander atingiu 1,4 milhão de clientes, com alta anual de 71%.
Já nos dados de inadimplência, o Santander encerrou o primeiro trimestre com inadimplência de 3,2% na carteira de crédito, ante 3,1% em dezembro e 3,2% em março do ano anterior.
A taxa de calotes de pessoa física ficou em 4,3% no fim de março, ante 4,3% em dezembro e 4,5% no fim do primeiro trimestre de 2023. No caso de pessoas jurídicas, o indicador estava em 1,5% no fim de março, de 1,4% e 1,4%, na mesma base de comparação. Dentro de PJ, em PMEs a inadimplência foi de 4,4%, ante 4,1% e 4,2%. E em grandes empresas, ficou em 0,1%, de 0,1% e 0,1%.
De acordo com o banco, a inadimplência permanece controlada, “com destaque para a inadimplência de curto prazo em pessoa física, que alcançou o melhor patamar desde o primeiro trimestre de 2022.
Fonte: Santander — Foto: Divulgação, Valor Investe.