O talento das skatistas japonesas se colocou no caminho do fenômeno Rayssa Leal em sua busca pela segunda medalha olímpica, durante a final da modalidade street nas Olimpíadas de Paris, mas não a impediu de subir ao pódio novamente. Igualmente talentosa e de estilo inconfundível, a brasileira de 16 anos passou a maior parte da disputa fora das três primeiras posições. Uma manobra incrível na última tentativa, contudo, a levou a conquistar o bronze de forma emocionante. Assim, tornou-se a atleta mais jovem a conseguir medalhas em duas edições diferentes dos Jogos.
“Fiquei muito nervosa, não vou mentir. A torcida foi demais. Nunca tinha sentido isso. Meu time me motivou, me deu um abraço. Eu estava cabisbaixa e achava que não dava mais certo. Na pressão, a gente esquece o real motivo de andar de skate. Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir, levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”, disse à Cazé TV.
O ouro e a prata ficaram com o Japão. Coco Yoshizawa teve a maior nota da história do skate na Olimpíada – feito que era de Rayssa -, ao anotar 96.49 e foi a primeira colocada com pontuação total de 272.75, seguida pela compatriota Liz Akama, que ficou com 265.95. Já skatista do Brasil teve 253.37 como somatória final.
Primeira mulher campeã da Liga Mundial de Street e ícone da modalidade, a brasileira Letícia Bufoni foi para pista, sem skate, em uma breve cerimônia para decretar aberta a final. Antes disso, participava das transmissão da Rede Globo como repórter, ao mesmo tempo em que dava dicas para Rayssa, de quem é muito próxima.
Fonte – Estadão